PERFIL DOS USUÁRIOS DE CRACK EM TRATAMENTO HOSPITALAR NO ESTADO DO CEARÁ

14/02/2011 10:48

MESTRANDA: MICHELLE ALVES VASCONCELOS

STATUS: EM ANDAMENTO

 

Nos últimos anos observamos um cenário epidemiológico com franca expansão do consumo de drogas. Esta realidade é acentuada pelo aumento alarmante da utilização do Crack, principalmente entre crianças e adolescentes. Seu primeiro relato no Brasil, foi em São Paulo e com o decorrer dos anos a quantidade excessiva de usuários cresceu substancialmente e o crack se estabeleceu em todo país por exigência dos traficantes, pelo seu grande lucro, devido a dependência que causa no usuário, a inclusão das mulheres e a prática de trocarem a droga por sexo. Corroboramos com Oliveira (2008) que o pensamento dos usuários, com a utilização contínua foca-se no seu consumo de forma que as atividades e comportamentos, tais como: sono, alimentação, afeto, senso de responsabilidade e sobrevivência perdem o significado. Em estudos realizados por Ferreira Filho et al (2003) relativos ao perfil sóciodemográfico de dependentes de cocaína internados em hospitais psiquiátricos de São Paulo apontaram que usuários de crack estão mais expostos a situação de violência sugerindo uma maior vulnerabilidade e aumento de fatores de risco para a saúde desta população. Ribeiro et al (2006) alerta ainda que estas pessoas apresentam maior risco de morte do que a população em geral, tendo como uma das principais causas, o homicídio. Aos poucos, o crack, foi deixando de ser uma droga usada por classes menos favorecidas e foi ganhando todas as camadas sociais associado a novas estratégias de difusão, o que sugere que a cultura de utilização e o perfil de seus usuários tenham sofrido modificações desde sua primeira descrição, fortalecendo sua permanência apesar de seus efeitos físicos e psíquicos devastadores. Em resposta a estas transformações sociais e com o objetivo de equacionar estas necessidades contemporâneas observa-se um esforço do governo e da sociedade na elaboração de políticas públicas e leis que levem em consideração a prevenção, o tratamento e reinserção dos usuários.


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